Bons mestres, aulas inesquecíveis, o EAD e a racionalização
do ensino.
Ao longo de uma longa vida profissional todos nós com
certeza teremos participado de cursos, seminários etc. e assistido aulas
inesquecíveis, graças a mestres fantásticos. Na vida pessoal também seria de
imenso valor guardar sons e imagens de pessoas queridas para quando a saudade
batesse ou fosse importante rememorar conversas amigas pudéssemos rever em
telas de computadores e televisores cenas apaixonantes. Isso começou a existir,
a ser possível no início do século 20, o custo e complicações, contudo,
restringiram os filmes mudos, inicialmente, a salões de cinema. Filmes
familiares apareceram com as filmadoras portáteis; eram um luxo enorme, só acessível
a quem fosse rico. Nossa geração da década de quarenta do século 20 usou muito
as câmeras Super 8, agora a tristeza de tentar recuperar filmes e digitá-los
antes que desapareçam.
Fantasticamente as oportunidades tecnológicas vieram
avassaladoramente.
Vivemos, agora, dentro de um cenário técnico em que qualquer
um munido de uma maquininha fotográfica, agora também filmadoras, com baterias
sobressalentes e chips com memória suficientemente grandes ou adicionais, é
possível sem maiores dificuldades gravar tudo o que nos interessa e que nossa
visão e audição alcançam rotineiramente.
Ou seja, tudo isso pode ser usado em novos sistemas de
aprendizado e formação profissional, principalmente.
Um velho padrão de ensino ressurge com muito mais força, o
EAD via internet, DVDs, pendrives, computadores, televisores, etc.
Nosso sistema de ensino começa a se reformular, isso é
visível nas salas de informática das escolas já do ensino médio. O que ainda
pode melhorar muito, ser mais racional, é com certeza o Ensino a Distância,
principalmente o de caráter profissionalizante e universitário.
O pesadelo, com certeza, são as restrições formais que
criaram padrões de frequência em aulas e exames de avaliação. Ainda não
aprendemos que a responsabilidade pelo aprendizado a partir da maioridade pode
ficar com o estudante. Certificados? O ENEM é um grande exemplo do que pode ser
feito, assim como o Exame da Ordem dos Advogados.
Em portais de universidades estrangeiras descobrimos
coleções fantásticas de filmes educativos e no Brasil isso começa a existir nas
universidades sintonizadas com o povo brasileiro e suas carências.
A evolução foi totalmente maior, mais veloz e complexa do
que a atual geração de idosos e cidadãos de meia idade foi capaz de entender.
Principalmente aqueles que ocupam cargos de decisão na área educacional são
travados pela educação antiga que receberam e não souberam atualizar. Esse é um
preconceito que, gradativamente, irá desaparecer.
O EAD, Ensino a Distância, enfrenta, “pois pois”, a barreira
dos preconceitos e conveniências específicas de grupos de poder.
Precisamos, neste cenário, destacar enfaticamente,
permanentemente a importância da racionalização do Ensino.
O desafio é muito maior do que preciosismos acadêmicos.
Como atingir rapidamente e de forma eficaz todos os recantos
de um continente, como é o caso do Brasil?
Note-se que não precisamos lembrar coisas tão grandes quanto
o Brasil, basta apontar as dificuldades de trânsito em grandes cidades,
principalmente para pessoas com alguma fragilidade.
O pesadelo da mobilidade urbana com segurança e conforto
leva à utilização de automóveis. Nossas ruas e avenidas estão preparadas para
tudo isso? Temos dinheiro para construir e operar centenas de quilômetros de
metrô em toda cidade brasileira de grande porte? Essa é a nossa prioridade?
Precisamos, queremos aulas de boa qualidade e sem o pesadelo
do trânsito.
Um único bom professor pode gerar cursos para bilhões de
seres humanos.
Vamos inverter os vestibulares?
Podemos abandonar os famigerados vestibulares, com o EAD são
desnecessários. A admissão a escolas e universidades por concursos para escolha
dos melhores professores será o desafio de centros de ensino que quiserem
sobreviver. Ou seja, ênfase na escolha de mestres e doutores para a arte de
ensinar.
Com certeza os centros de EAD poderão remunerar melhor seus
professores. Será possível pagar muito bem se forem poucos. Sobre eles devemos
apontar filmadoras e sistemas e comunicação irradiando aulas e gravando lições imperdíveis.
O EAD é uma forma de valorização dos bons professores e
solução de números problemas provocada pela anarquia urbana, acessibilidade
universal ao ensino justiça social.
Cascaes
27.11.2013
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