Espaço da Cidadania
Enviada em: quarta-feira, 20 de março de 2013 16:41
Espaço da Cidadania
Rua Erasmo Braga, 310 – Presidente Altino – Osasco – SP – CEP: 06213-008
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PL 112/2006 é contra estudos do IBGE e
do próprio governo
O governo federal tem em seu poder registros que
comprovam a futilidade dos argumentos contrários ao acesso e permanência de
trabalhadores com deficiência nas empresas brasileiras, neste momento
representados pelo PL 112/2006 de autoria do Senador Sarney e relatado pelo
Senador Romero Jucá, que faz “picadinho” da lei de cotas.
Utilizando como fontes o Censo Demográfico 2010, do IBGE,
e a relação anual de informações sociais do mesmo ano, do Ministério do
Trabalho e Emprego, conclui-se que:
a)     A cada 65 pessoas com
deficiência que trabalham apenas uma tem registro em carteira profissional.
O governo federal tem informações de que para cada
trabalhador com deficiência que está empregado há pelo menos 65 fazendo “bicos”
na informalidade.
No mesmo ano que o Ministério do Trabalho e Emprego
divulgava a presença de 306.013 trabalhadores com deficiência nas empresas
brasileiras, o IBGE tornava público que 20,3 milhões de pessoas com deficiência
estavam ocupadas.
Distribuição
por idade das pessoas com deficiência ocupadas e registradas com 15 anos 
ou mais de idade.
| 
   
Grupos de idade 
 | 
  
   
Estavam ocupadas –IBGE 
 | 
  
   
Estavam no mercado formal – MTE 
 | 
 
| 
   
15 a 24 anos 
 | 
  
   
              
  1.816.622 
 | 
  
   
41.374 
 | 
 
| 
   
25 a 29 anos 
 | 
  
   
1.535.697 
 | 
  
   
46.632 
 | 
 
| 
   
30 a 39 anos 
 | 
  
   
3.359.721 
 | 
  
   
93.537 
 | 
 
| 
   
40 a 49 anos 
 | 
  
   
5.696.664 
 | 
  
   
75.403 
 | 
 
| 
   
50 a 64 anos 
 | 
  
   
6.334.833 
 | 
  
   
46.290 
 | 
 
| 
   
65 anos ou mais 
 | 
  
   
1.501.590 
 | 
  
   
2.776 
 | 
 
| 
   
Total 
 | 
  
   
20.345.125 
 | 
  
   
306.013 
 | 
 
Fonte:
tabela elaborada pelo Espaço da Cidadania com base no Censo Demográfico 2010 – IBGE
e RAIS 2010 – MTE
b)     A cada 75 brasileiros
com deficiências que têm ensino Superior Completo, apenas um está trabalhando
com garantias do registro do trabalho formal.
Escolaridade
O número de pessoas com deficiência com ensino superior
completo seria suficiente para preencher 3 vezes as vagas previstas na lei de
cotas (lei 8213/91), que se cumprida garante reserva de vagas para cerca de 950
mil pessoas.
Para cada grupo de 75 pessoas com deficiência com esta
formação, apenas uma estava no trabalho formal.
A tabela abaixo compara os registros brasileiros de
escolaridade das pessoas com deficiência com 15 anos ou mais de idade, tanto na
população brasileira como  nos empregos com carteira profissional
registrada.
| 
   
Escolaridade 
 | 
  
   
Nº de pessoas localizadas pelo IBGE 
 | 
  
   
Nº de trabalhadores com carteira profissional
  registrada 
 | 
  
   
Aproveitamento no trabalho formal em cada nível de
  escolaridade 
 | 
 
| 
   
Analfabeto 
 | 
  
   
7.727.599 
 | 
  
   
3.126 
 | 
  
   
1 em cada 2.471 
 | 
 
| 
   
Ensino Fundamental incompleto 
 | 
  
   
18.039.345 
 | 
  
   
65.049 
 | 
  
   
1 em cada 276 
 | 
 
| 
   
Ensino Fundamental completo e Médio incompleto 
 | 
  
   
5.967.894 
 | 
  
   
66.921 
 | 
  
   
1 em cada 88 
 | 
 
| 
   
Ensino Médio completo e Superior incompleto 
 | 
  
   
7.447.983 
 | 
  
   
133.814 
 | 
  
   
1 em cada 55 
 | 
 
| 
   
Superior completo 
 | 
  
   
2.808.878 
 | 
  
   
37.103 
 | 
  
   
1 em cada 75 
 | 
 
| 
   
Não determinado 
 | 
  
   
154.947 
 | 
  
   
----- 
 | 
  
   | 
 
| 
   
Total 
 | 
  
   
42.146.647 
 | 
  
   
306.013 
 | 
  
   | 
 
Fonte:
tabela elaborada pelo Espaço da Cidadania com base no Censo IBGE 2010 e
RAIS/MTE de 2010  
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